segunda-feira, 28 de maio de 2012

Os maiores IDH's Africanos.


Os cinco maiores IDH’s africanos.
Ao mesmo tempo em que encontramos na África os países mais pobres do planeta, não podemos deixar passar despercebido o fato de alguns países africanos serem listados com destaque neste índice. Por este mesmo motivo transcrevemos abaixo um texto encontrado no site http://revistaescola.abril.com.br/geografia/fundamentos/quais-sao-cinco-paises-mais-desenvolvidos-africa-477457.shtml, que apresenta de forma sucinta e atual os cinco maiores IDH’s africanos.
O Relatório de Desenvolvimento Humano da ONU traz indicadores para 175 países que fazem parte do organismo internacional, mais Palestina e Hong Kong. O Brasil é apenas o 70o, com um índice de 0,800. O primeiro lugar, Islândia, tem 0,968 e o último, o país africano de Serra Leoa, apenas 0,336.
O maior IDH africano pertence a um arquipélago localizado no Oceano índico, conhecido como Seicheles.

 O país está em 50o lugar no ranking da Organização das Nações Unidas (ONU) de 2008, com um IDH de 0,843.
O arquipélago de Seicheles já foi disputado por Inglaterra e França e tornou-se colônia britânica em 1814. A independência aconteceu em 1976. A língua oficial continua sendo o inglês, apesar de a maior parte da população falar o creole. Um fator que explica o desenvolvimento do país é seu tamanho reduzido - segundo dados do relatório The World Factbook, produzido pela agência americana CIA, a população estimada em 2009 é de apenas 87 mil pessoas. A expectativa de vida ao nascer é de 73,02 anos (no Brasil, ela é 72 anos), e 91,8% dos maiores de 15 anos sabem ler e escrever (contra 88,6 no nosso país). Seicheles tem desenvolvimento considerado elevado segundo a classificação da ONU. O PIB é pequeno, 1,473 bilhões de dólares em 2008, mas o PIB per capita é de 17 mil dólares, o 71o melhor do mundo. Como comparação, a nação brasileira tem um PIB de 1.99 trilhões de dólares, mas o PIB per capita é de 10.000 dólares. A maior parte dos ganhos do país vêm do setor de turismo, que emprega 30% da força de trabalho. A pesca de atum também é muito forte em Seicheles.
O segundo IDH elevada pertence a República de Maurícia ou Ilhas Maurício, com IDH de 0,804 e 65o no ranking da ONU. O país foi explorado pelos portugueses no século XVI e depois passou pelo controle de holandeses, franceses e ingleses. O nome da ilha é uma homenagem ao príncipe holandês Maurício de Orange-Nassau. A independência aconteceu apenas em 1968 e hoje o inglês continua sendo a língua oficial, mas é falado por apenas 1% da população. O idioma corrente é o creole. Segundo dados da CIA, a população de Maurícia é de 1,2 milhões de pessoas, com expectativa de vida ao nascer de 74 anos. Entre os maiores de 15 anos, 88,4% sabem ler e escrever. A base da economia são a indústria têxtil e a da cana de açúcar. Em 2008, o PIB foi de 15,36 bilhões de dólares, 12.100 dólares per capita.

O terceiro maior IDH africano pertence a República da Tunísia, com um IDH de 0,766. Até 1956, o país era um protetorado francês. Desde então, está na mão de ditadores - o primeiro presidente, Habib Bourguiba, ficou no poder por 31 anos e foi deposto em um golpe militar por Zine el Abidine Ben Ali, que controla o país até hoje. Segundo dados da CIA, a população atual da Tunísia está em cerca de 10 milhões de pessoas, que usam o árabe como idioma oficial. A expectativa de vida ao nasceré de 75,78 anos e 74,3% da população maior de 15 anos é letrada. A economia da Tunísia é bem diversificada, com destaque para o setor agrícola, de mineração, turismo e indústria. Em 2008, o PIB da Tunísia foi de 81 bilhões de dólares, o 73o maior do mundo, mas o PIB per capita ficou em 7.900 dólares. Pela classificação da ONU, está entre os países de desenvolvimento médio.

O 4º maior IDH africano corresponde  a ex-colônia portuguesa  de Cabo Verde. Seu IDH é de  0,736, no 102o lugar na comparação mundial, dentro da categoria de desenvolvimento médio. A República de Cabo Verde só se tornou independente em 1975 e, segundo a CIA, até hoje é um dos governos mais democráticos da África. Porém, as sucessivas crises econômicas e as altas taxas de desemprego na segunda metade do século 20 fizeram com que grande parte da população emigrasse para a Europa, os Estados Unidos e outros países da África. Segundo dados oficiais do governo de Cabo Verde, hoje a população de cabo-verdianos de 1ª geração residentes fora do país é de cerca de 500 mil pessoas, maior do que a população nacional, que é de 430 mil. No país, fala-se português e crioulo (uma língua que mistura português e dialetos africanos) e, pelos dados da CIA, 76,6% da população maior de 15 anos é alfabetizada. A expectativa de vida ao nascer é de 71,61 anos. O PIB do país em 2008 foi de 1,635 bilhões de dólares e o PIB per capita ficou em 3.800 dólares. Cerca de 75% do PIB vem do setor de serviços, incluindo comércio, transportes, turismo e serviços públicos.

O 5º maior IDH africano pertence a  República da Argélia é o país com o 104o maior IDH do mundo: 0,733. Apesar de ser a quinta nação com o melhor índice no continente africano, ela tem uma história conturbada. Em 1962, o país se tornou independente da França depois de uma década de luta. Desde então, o partido Frente de Libertação Nacional (FLN) domina a política do país. Porém, a oposição do partido extremista Frente Islâmica de Salvação (FIS) causou conflitos intensos entre 1992 e 1998, e, como conseqüência, houve mais de 100 mil mortes. Apesar do FIS ter sido dissolvido, até hoje grupos islâmicos continuam provocando ataques, sequestros e até explosões de bomba. Atualmente, a economia do país é baseada em petróleo e a Argélia tem um PIB de 235 bilhões de dólares, o 49o maior do mundo. Só que o PIB per capita é de 7 mil dólares. A população é de 34 milhões de pessoas, com expectativa de vida ao nascer de 74,02 anos. A taxa de alfabetização entre os maiores de 15 anos está em 69,9%.
Fonte: http://copadomundo.uol.com.br/2010/selecoes/argelia/
Autoria: Lucimaro Adriano Wenceslau.

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