Uma das ideias mais tradicionais em relação ao continente africano
está alicerçada na África enquanto um "país" homogêneo, caracterizado
por teorias eugenistas, na qual os habitantes sempre estiveram a mercê de um
ser superior. No entanto, a realidade é bem diferente. O continente africano,
assim como qualquer outra região do planeta Terra é caracterizado por suas
múltiplas facetas, não apenas no que compete aos seus aspectos humanos, mas
também econômicos, políticos, culturais, sociais, bem como naturais.
A África é um continente caracterizado por suas exóticas belezas
naturais, principalmente no concernente a flora e a fauna selvagem. Quando
consideramos a questão natural para caracterizar o continente africano,
partimos do princípio de que mesmo com toda a usurpação desenfreada neste
continente, a África ainda é um continente rico em recursos naturais,
tais como o carvão e o diamante. Obviamente, que com a exploração europeia, boa
parte destes recursos se esgotaram, mas ainda existem fontes seguras tais como
a ONU, que enfatizam e destacam a existência desses minerais no território
africano.
Ao
mesmo tempo, encontramos de imenso neste continente uma enorme diversidade física e sócio-econômica,
pois existe neste espaço desde extensos vales férteis até desertos gigantes,
como é o caso do Saara, o maior do mundo.
O contraste da pobreza e riqueza
também é muito visível por toda sua extensão continental, sendo caracterizado
principalmente pelas péssimas condições de vida em muitos países.
O termo “berço
da humanidade” é dado
em razão da África abrigar uma das civilizações mais antigas e intrigantes do
globo, os egípcios, que formaram um
poderoso “império” a 4 mil anos atrás. Portanto, toda essa riqueza cultural e
natural existente no continente, torna a África um espaço muito particular.
Faz se mister
destacar que é na África que encontramos as maiores taxas de subnutrição do planeta Terra, ao mesmo tempo em que
notamos construções mirabolantes, como por exemplo, o único hotel 6 estrelas do
planeta Terra em Johanesburgo (África do Sul).
Retornando a questão dos recursos minerais, mais
especificamente a questão dos recursos hídricos, podemos destacar que, no continente africano, vários países sofrem
com a questão da falta de água potável especialmente na parte centro-norte, na
qual o clima é predominante árido e semiárido. Na realidade, até mesmo em
países localizados ao sul do continente ocorre um "estresse
hídrico".
A região de maior
concentração hídrica do continente está localizada no centro-oeste, países como
a República Democrática do Congo, República Centro Africana e Camarões possuem
reservas em quantidade satisfatórias, o que vem a corroborar a não
homegeneidade até mesmo em preâmbulos físicos e naturais do continente.
Regionalizar o
continente africano não é uma tarefa das mais fáceis, até mesmo por que, a
regionalização europeia, visualizada em muitos países até o momento atual, não
respeitou os limites pré-estabelecidos em outrora. Portanto, levando em
consideração os aspectos físicos e as questões históricas em nuances gerais,
podemos compreender o continente africano em cinco regiões:
*Sul da África: região na qual a África do Sul, país emergente engendra uma
soberania política e econômica ante os demais países da subregião africana.
*Norte da África: a área situada ao norte do continente, banhada pelo Mar
Mediterrâneo, em sua maioria, fazendo parte desta região cinco países. Também
não se pode esquecer que ao sul desta região se encontra o deserto do Saara.
*Oeste da África: é uma região muito confusa do ponto de vista político. São quinze
nações que dividem um espaço caracterizado por áreas desérticas (Saara, ao
norte) e florestas tropicais. Em sua economia local, a exploração de petróleo
destaca-se com uma atividade bem atraente para os países.
*África Central: caracterizada pelos inúmeros conflitos da década de 1990 que
marcaram profundamente a região, marcada principalmente pelos conflitos no
Zaire que o transformaram em República Democrática do Congo.
*Leste da África: também conhecida como “Chifre da África”, por sua
forma física do extremo leste africano, é uma área bem diversificada por ter
países bem estruturados e urbanizados, como é o caso do Quênia, e em
contraponto a isto, existe à Somália e Etiópia, nações mergulhadas em problemas
gerados por guerras civis. Nesta região encontram-se dez países bem
distintos, tantos nos aspectos físicos como humanos.
Ainda há que se destacar uma das regionalizações mais aceitas, ou
simplesmente mais utilizada quando nos debruçamos sobre o estudo da África, ou
seja, sua ocupação ao longo dos anos. Desta forma, o continente africano
divide-se em duas regiões:
*África “branca” (cultura árabe) e
África “negra”(culturas locais). Isto é possível em virtude da
influência que a região norte da África (árabe) sofreu da ocupação dos povos do
Oriente Médio (Ásia) durante os tempos, tendo como resultado um espaço
totalmente adverso da África “negra”, sendo esta última caracterizada pelas
culturas regionais provindas de milenares tribos africanas.
Sendo assim, a África vem a ser o resultado de anos de ocupação e
influência das mais diversas culturas do mundo que remodelaram e transformaram
seu continente num espaço diversificado e muitas vezes carente de recursos
econômicos, por outro lado, suas belezas naturais são únicas e, por enquanto, estão
permanentes em todo seu território.
Autoria: Lucimaro Adriano Wenceslau.
Obrigado site muito completo e informativo me ajudou muito...Eu estava correndo para estudar para prova de geografia pq pretendo tirar nota máxima e esse site me ajudou bastante...muito obrigado ;-)
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