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O Reino de ASKUM ou AXUMAksum ou Axum é uma cidade do norte da Etiópia, localizada na Região Tigré. A localidade é de grande importância histórica por ter sido capital do antigo Império de Aksum. As ruínas da antiga cidade foram inscritas pela UNESCO, em 1980 na lista do Património Mundial.
A cidade de Axum foi aparentemente fundada por volta de 100 dC, mas a
região circundante é habitada há milênios. A terra de Punt, mencionada pelos
antigos egípcios como fonte de mirra, localizava-se possivelmente na zona de Axum.
Por volta de 500 aC surgiu na área uma cultura pré-Axumita, chamada Da'amat,
com ligações culturais com o sul da vizinha Península Arábica. De fato, desde o segundo
milênio aC até o século IV dC, a região de Axum foi colonizada por imigrantes sabeus vindos
da Península arábica. A influência da cultura dos
sabeus é vista na arquitetura e na língua do Império, o ge' ez.
A partir deste contexto, Axum foi sede de um dos estados mais poderosos
da região entre o Império Romano do Oriente e a Pérsia,
cujo poder estendeu-se do século I
ao XIII
dC. O auge da cidade e do Império de
Axum ocorreu no século IV dC, quando o território controlado
abrangia a atual Etiópia, o sul do Egipto e parte da Arábia, no sul do atual Iêmem.
O comércio marítimo, com rotas que chegavam até o Ceilão,
era realizado através do porto de Adulis (na atual Eritreia).
Segundo o autor grego anônimo do Périplo pelo Mar da Eritreia, datado do
século I dC, Adulis exportava escravos, marfim e cornos de rinoceronte. Relações comerciais foram mantidas
com o Egipto
(então uma província romana) desde o século I e com a Índia
a partir do século III; o comércio continuou com o Egipto, Síria
e o Império Bizantino até o século VII. A área da
cidade chegou a cobrir 250 acres e estima-se que a população alcançou 20.000
pessoas no seu auge. A desaparição do Império de Meroe, por volta de 320,
pode estar relacionado ao crescimento de Axum, que com isso pôde redirecionar o
comércio de marfim do rio Nilo ao porto de Adulis. Sinal da importância econômica da
cidade foi a cunhagem
de moedas, que começou no século III e continuou até o século VII. Durante os primeiros séculos do primeiro milênio dC foram levantados, no
campo de Mai Hedja, grandes estelas de pedra que recordavam grandes reis. Essa prática,
que durou até cerca de 330 dC, terminou na época do rei Ezana,
que converteu-se ao Cristianismo. Em total há 126 obeliscos
em Axum, incluído o de maior tamanho conhecido, quase todos atualmente caídos e
partidos em pedaços.
O Cristianismo foi adotado como religião estatal em 330, o que criou
laços religiosos com o Egito (então cristão) e Bizâncio.
Segundo a história, o rei Ezana foi convertido por Frumêncio,
um monge sírio
que foi mais tarde feito bispo pela Igreja Copta
egípcia. A partir dessa época, os reis cristãos de Axum construíram palácios e
igrejas, entre estas a primeira Igreja de Santa Maria, levantada em finais do
século IV, segundo uma lenda, na área de um lago que secou milagrosamente.
Achados arqueológicos e antigos textos mostram que a cidade contou com palácios
e casas nobres de pedra com vários andares, mas a maioria das moradas em Axum
eram de barro e cobertas de palha. Segundo a tradição religiosa da Igreja Ortodoxa Etíope, recolhida na obra Kebra Nagast
(século XIII), foi de Axum que partiu Makeda, a rainha de
Sabá, para visitar o rei Salomão
em Jerusalém. Ainda segundo a tradição, da união entre ambos nasceu Menelik,
que após visitar o pai trouxe à Etiópia a Arca da
Aliança, que até hoje estaria numa capela do complexo da Igreja de Santa Maria de Sião.
Por:Antonio Carlos dos Santos
Sites visitados:
pt.wikipedia.org/wiki/Aksumcivilizacoesafricanas.blogspot.com/2009/11/reino-de-axum.html
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