A África no Comércio Mundial.
Embora a África seja um continente rico em minérios
e minerais, tais como o petróleo e o diamante, não podemos esquecer que é neste
continente que se concentra a maior parte da miséria que assola o planeta
Terra.
Esquecida pela Globalização por muitos e longos anos e imersa em pobreza, fome, doenças e conflitos, a África é rica em recursos
naturais cobiçados por regiões mais prósperas. No entanto, a partir da primeira década do século
XXI, dados sobre o continente africano mostram uma pequena melhora em relação
aos indicadores das décadas anteriores.
Até o início dos anos 2000 tínhamos grande parte dos países da
África caracterizados por uma economia essencialmente agrícola e dependente da importação de
petróleo e de produtos industrializados. Campos cobertos por monoculturas de
exportação, como o café, o cacau ou o algodão, alternavam-se com lavouras de
subsistência. A mineração respondia por quase 90% da receita de exportação do
continente, liderada pela África do Sul, que detinha sozinha, quase um quarto do
PIB africano (que, somados seus 53 países, era praticamente igual ao PIB do
Brasil).
No entanto "hoje, o cenário alterou-se. O continente tem estado a ser seguido com uma atenção crescente por parte dos grandes investidores mundiais. África está na moda. São os números que o dizem. Os especialistas da BCG estimam que o PIB do continente (ajustado à paridade do poder de compra) cresceu 5,3% entre 2000 e 2008, ao passo que, no mesmo período, o PIB mundial subiu apenas 4%. O aumento das cotações das commodities (os produtos associados a recursos naturais) não explicam, por si só, esta diferença. As praças financeiras de África também tiveram crescimentos superiores às do resto do mundo (de 2000 a 2008 a do Egito, por exemplo, cresceu 39%). Em 2009, enquanto o PIB do continente africano cresceu 2%, o dos Estados Unidos diminuiu 4%, o da União Europeia caiu 2,8% e a América Latina sofreu uma queda de 1,5%."
Em relação ao
comércio entre o Brasil e o Continente africano proferimos que o mesmo quadruplicou. Em 2009, as
transações comerciais entre o Brasil e a África chegaram a US$ 17 bilhões. Até
junho de 2010, esse valor estava na casa dos US$ 9 bilhões, com metas para
chegar a US$ 26 bilhões, ou seja, aumentar em mais de cinco vezes o valor das
transações comerciais.
Uma das atitudes que o Brasil
vem tomando para que a África tenha condições de se tornar um importante
personagem do comércio mundial é lutar contra os subsídios dos países
desenvolvidos. Eles fazem com que os produtos primários entrem no mercado com
um valor muito baixo, o que dificulta a participação da África, pois os
governos africanos não têm como dar os mesmos subsídios que os países
desenvolvidos dão às produções nacionais.
Por outro lado a luta
e a tentativa de conquistar uma fatia do mercado mundial globalizado, busca
respaldo na formação de blocos econômicos, tais como a Comunidade
da África Oriental (EAC), Comunidade de Estados da África Austral e do Leste
(Comesa) e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O
objetivo é que esses três blocos torne-se apenas um e com isso o continente
africano possa tomar um fatia do mercado global, uma vez que os três blocos
agrupam 527 milhões de pessoas e representam 58,6% do produto interno bruto do continente.
África- Blocos Econômicos.
EAC- Comunidade da África Oriental
COMESA- Comunidade de Estados da África Austral e do Leste.
SADC- Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.
Autoria: Lucimaro Adriano Wenceslau.
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