domingo, 27 de maio de 2012

A África no Comércio Mundial.


 A África no Comércio Mundial.


 Embora a África seja um continente rico em minérios e minerais, tais como o petróleo e o diamante, não podemos esquecer que é neste continente que se concentra a maior parte da miséria que assola o planeta Terra.
Esquecida pela Globalização por muitos e longos anos e imersa em pobreza, fome, doenças e conflitos, a África é rica em recursos naturais cobiçados por regiões mais prósperas. No entanto, a partir da primeira década do século XXI, dados sobre o continente africano mostram uma pequena melhora em relação aos indicadores das décadas anteriores.
Até o início dos anos 2000 tínhamos grande parte dos países da África caracterizados por uma economia essencialmente agrícola e dependente da importação de petróleo e de produtos industrializados. Campos cobertos por monoculturas de exporta­ção, como o café, o cacau ou o algodão, alternavam-se com lavouras de subsistên­cia. A mineração respondia por quase 90% da receita de exportação do continente, liderada pela África do Sul, que detinha sozinha, quase um quarto do PIB africano (que, somados seus 53 países, era pratica­mente igual ao PIB do Brasil).
No entanto "hoje, o cenário alterou-se. O continente tem estado a ser seguido com uma atenção crescente por parte dos grandes investidores mundiais. África está na moda. São os números que o dizem. Os especialistas da BCG estimam que o PIB do continente (ajustado à paridade do poder de compra) cresceu 5,3% entre 2000 e 2008, ao passo que, no mesmo período, o PIB mundial subiu apenas 4%. O aumento das cotações das commodities (os produtos associados a recursos naturais) não explicam, por si só, esta diferença. As praças financeiras de África também tiveram crescimentos superiores às do resto do mundo (de 2000 a 2008 a do Egito, por exemplo, cresceu 39%). Em 2009, enquanto o PIB do continente africano cresceu 2%, o dos Estados Unidos diminuiu 4%, o da União Europeia caiu 2,8% e a América Latina sofreu uma queda de 1,5%."
Em relação ao comércio entre o Brasil e o Continente africano proferimos que o mesmo quadruplicou. Em 2009, as transações comerciais entre o Brasil e a África chegaram a US$ 17 bilhões. Até junho de 2010, esse valor estava na casa dos US$ 9 bilhões, com metas para chegar a US$ 26 bilhões, ou seja, aumentar em mais de cinco vezes o valor das transações comerciais.
Uma das atitudes que o Brasil vem tomando para que a África tenha condições de se tornar um importante personagem do comércio mundial é lutar contra os subsídios dos países desenvolvidos. Eles fazem com que os produtos primários entrem no mercado com um valor muito baixo, o que dificulta a participação da África, pois os governos africanos não têm como dar os mesmos subsídios que os países desenvolvidos dão às produções nacionais.

Por outro lado a luta e a tentativa de conquistar uma fatia do mercado mundial globalizado, busca respaldo na formação de blocos econômicos, tais como  a Comunidade da África Oriental (EAC), Comunidade de Estados da África Austral e do Leste (Comesa) e Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC). O objetivo é que esses três blocos torne-se apenas um e com isso o continente africano possa tomar um fatia do mercado global, uma vez que os três blocos agrupam 527 milhões de pessoas e representam 58,6% do produto interno bruto do continente. 


África- Blocos Econômicos.

EAC- Comunidade da África Oriental



COMESA- Comunidade de Estados da África Austral e do Leste.  


SADC- Comunidade de Desenvolvimento da África Austral.



Autoria: Lucimaro Adriano Wenceslau.

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